quarta-feira, 25 de maio de 2011

Factum fieri nequit infectum.

O que está feito, feito está.

Meu coração batia angustiado fazia um tempo...
Eu já havia me esquecido de como era ser feliz, plenamente feliz.

Nós nos deitamos juntos.
Um momento pequeno, porém nosso.

Lembra de um dia que te disse que você poderia ir para qualquer lugar do mundo, ou até para o inferno, que eu te encontraria?

Apenas banei a cabeça afirmando que me lembrava do dia.
Tinha sido uma boa sensação ouvir essa frase vindo dele.

Esquece...

Meu coração angustiado agora mal batia.
Mais uma pessoa tinha se ido?

Por que esquecer?

Perguntei quase sem voz, com um vazio dentro de mim.

Porque não vou precisar te procurar, já que prometo não te deixar.
Nunca. Independente de qualquer coisa.

Eu sorri.
Meu coração voltou a bater.
Eu estava aliviada.
E melhor que isso, eu estava feliz.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Laetitiae proximus fletus.

O riso está perto do pranto.

Eu estava pensando hoje e um buraco se abriu no meu peito.
Não sei se era bem um buraco, ou se ele estava tão cheio de alguma coisa, que estava me sufocando.
Era uma sensação vazia, porém conhecida.
Eu a sentia com certa frequência.
Era, ao mesmo tempo, quente e gelada, me fazendo querer sorrir e chorar, de uma só vez.
Dificultava minha respiração, ao mesmo tempo em que meus pulmões se enchiam de ar.
Era bem complexo.

Já haviam me dito que eu tinha algo, mas não sabiam me explicar o que era.
É algo seu, uma coisa que emana de você... É natural.
E eu me avaliava e pensava no que poderia ser.

Eu queria abraçar o mundo com minhas próprias mãos.
Mas não queria estar sozinha. Queria que alguém me ajudasse a abraçá-lo.
Eu amava as pessoas e queria que elas fossem (e quisessem ser) minhas.
Queria que estivessem sempre fazendo parte da minha vida, mas sem que eu precisasse, a todo tempo, ir atrás delas.
Eu queria que elas quisessem ficar comigo, fazer parte de mim.

Não gostaria que isso parecesse possessão.
Eu gostaria apenas que todos entendessem que, para mim, algumas pessoas são importante demais para irem embora.
Cada uma, de um jeito, significa algo para mim e em mim e faz parte da minha história e de mim.
Eu gostaria apenas que eu pudesse me doar para alguém (ou uns alguéns), da mesma forma que eu gostaria que se doassem para mim.

Eu queria amá-las sem medo, sabendo que sempre estariam aqui comigo.
Queria poder ser eu, com elas.
Queria sorrir, dançar, cantar e ser feliz, sempre aumentando as pessoas ao meu redor, não revezando-as.

O que me apertava o peito, era sentir que isso era impossível.
As pessoas estavam cada vez mais parecidas com objetos.
Frias, secas, fúteis, vazias.
E tinham um prazo de validade.
Ficavam com a gente por um tempo, enquanto servissem, e depois, venciam, e iam embora.

Era isso o que eu estranhava.
Era isso o que eu não queria.
E era isso o que eu tinha...
Da parte de muitas pessoas... Graças a Deus, a mim, ou a alguma força maior, não de todas.


sábado, 14 de maio de 2011

Multum sunt verbis dissona facta bonis.

Do dito ao feito vai grande eito.

Estava frio e o dia era meu.
Eu fiz tudo o que queria.
Me dediquei à mim mesma... Arrumei meus cabelos, coloquei músicas que mexiam com meus sentimentos, e meu ânimo.
Comecei um bom livro, dei um 'bom dia' animado à todos e me tranquei em meu mundo.
Estava precisando desse tempo para mim.

O vento assobiava na minha janela.
Era um som que eu gostava de ouvir... Ele, em junção às músicas que eu tinha escolhido, me fazia sorrir.
Coloquei meu moleton favorito e curti a temperatura mais baixa.
Eu estava bem.

Fazia tempo que não me sentia bem.
Eu estava hoje.
Pura e simplesmente bem.
Eu senti falta de mim, uma falta que, com certeza, ninguém mais poderia sentir.
Eu sentia vontade de mim, e essa vontade, eu também tinha certeza que ninguém sentia.

Porque eu me amava como eu era.
E isso é difícil. Muito.
Eu amava meu mau humor, quando eu me dava ao luxo de senti-lo.
Eu amava minha forma de pensar, de agir, de tratar as pessoas e de me impor, mesmo que delicadamente.
Eu amava como eu era flexível e como, ao mesmo tempo, eu mantinha minha essência sempre.


Eu sabia que a mudança seria constante...
Eu nunca seria a mesma.
Eu escrevia, e era uma pessoa diferente.
Eu lia, e logo era outra.
Eu sorria, e já não estava mais no mesmo lugar.
Mas minha essência, meu eu... Bom, esse estava aqui dentro de mim, protegido.

Eu era a minha melhor amiga.
Minha melhor cúmplice.
Minha melhor paixão.
Eu era a melhor parte de mim.
Eu era a minha melhor amante.

Meu dia estava bom, com tudo o que eu amava.
Frio, uma leve luz entrando pela minha janela, me possibilitando de ler, música boa que fazia parte de mim e de quem eu era, um chocolate quente e muitos edredons.
Eu estava no meu ninho.
Feliz.

Meu celular vibrou.
Eu olhei e vi que alguém se lembrara de mim.
Um sorriso apareceu em meu rosto, me senti mais viva e vi que já não estava, com certeza, mais no mesmo lugar.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Accipe quod tuum alterique da suum

A cada um o que é seu (II).

Que dia especial!
Pois é, minha irmãzinha...
Você nasceu há exatamente 18 anos atrás.
Há quem diga que Deus põe, em nosso caminho, pessoas que nos fazem feliz, que nos fazem aprender e que enchem nossos corações de amor e felicidade.

Você é uma dessas pessoas em minha vida, com certeza.
Meu anjo.
Nós não somos perfeitas mas, ao mesmo tempo, somos perfeitas do nosso jeito.
Nossa relação, nosso amor e, de um forma bem estranha, nossa amizade.

Eu te amo, e amo pelo o que é.
Por ser tão cheia de si e, ao mesmo tempo, tão humilde.
Por não amar mais as coisas, ou mais as pessoas, e sim, por amá-las da mesma forma e com a mesma intensidade.
E por amar tudo com tanta intensidade.

Eu amo quem vive intensamente, quem ama intensamente e quem é intenso.
Parabéns por ser assim.
Autêntica, justa e por falar o que pensa, custe o que custar.
Sei que como eu te amo, muitas pessoas também amam por você ser assim!

Minha loira, minha menina, minha mocinha...
Minha irmã.

Como diz o O Rappa, "família é quem você escolhe pra você, é quem você escolhe pra viver".
Se você não fosse naturalmente minha irmã, com certeza eu te escolheria, minha irmã de sangue, alma e aprendizado.

Por fim, e não menos importante, parabéns!
Que Deus te ilumine, porque você merece.
E que sua vida seja repleta de felicidades, saúde e realizações.

Eu amo você, minha.
Sempre.
Independente de qualquer coisa.
Sem você, eu seria apenas, meia Marina.
Obrigada por me completar.