sábado, 29 de janeiro de 2011

Accipe quod tuum alterique da suum.

A cada um o que é seu.

Hoje é um dia especial para um pedacinho da minha alma.
Neste dia, há 20 anos atrás, nasceu uma pessoa muito importante para mim.
Encontrei um pouco de mim nesta pessoa, e fico pessoalmente feliz por ser assim.

As coisas acontecem porque devem acontecer...
Nos conhecemos por acaso. Destino?
No tempo certo, na situação certa.
Nos conhecemos e nos aproximamos.

Com o tempo, curto, porém intenso, construímos uma amizade muito bacana, que se depender de mim, durará a vida inteira.
Conversamos sobre tudo, e ao mesmo tempo, nem precisávamos conversar, pois nossos olhares se encontravam e acabávamos nos entendendo.

Respeitávamos o espaço um do outro, mas sempre nos mantínhamos presentes, para o que desse e viesse...
Moramos juntos.
Nos aguentamos em dias inesquecíveis... De bom e de ruim.

Passamos por festas, por conversas intensas e um tanto quanto íntimas, por bagunças, por filminhos em casa, por dias e dias estudando para provas, por viagens, etc...
Vivemos e evoluímos juntos.
Sendo assim, nutri um grande afeto, carinho e respeito por essa pessoa que se tornou uma parte de mim.

E, para terminar, fazendo uma breve alusão ao título, lhe desejo Bruno, tudo o que você merece, e que, de uma forma ou de outra, já tem, pois você já conquistou.
Lhe desejo muita paciência, para que você possa conquistar com delicadeza, muitas pessoas.
Desejo muitas felicidades, porque se sua vida for feliz, parte da minha também será.
Desejo positividade, força e boas vibrações, porque é assim que você sentirá sua vida sempre caminhando para frente.
Desejo muita sabedoria, amor e saúde, porque assim, além de caminhar para a frente, você sentirá sua vida muito mais leve.
E desejo, por fim, que você conquiste tudo o que quiser, porque sei que você merece.

Parabéns, meu amigo.
Que seu dia seja tão especial quanto você é.
Você é muito importante para mim.
Tudo de melhor, sempre...



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Factum fieri nequit infectum.

O que está feito, feito está.

Meu mundo caiu.
Virou de pernas para o ar.
Desilusão.

Vivi uma mentira por tanto tempo que acabei por acreditar nela.
Talvez estivessem certos.
Talvez eu realmente não aceite as pessoas como são.
Talvez eu realmente nem seja tudo o que eu penso ser.

Vejo que muitas coisas pela as quais lutei, não existiam.
Ou não valiam à pena.
Vejo que pessoas que eu gostava, se afastaram por conta do destino...
E eu permiti.

Estou perdida.
Completamente...
Nem sei se sou mais eu mesma.
Estou com dúvidas de mim.

Estou triste e magoada.
Estou como nunca estive...
E não passa.
Já faz tanto tempo...

Noto agora que pessoas e sentimentos ruins têm muita força.
Noto que pessoas que sentem o que eu sinto e que vêem o que eu vejo e da forma como vejo, não existem.
Minha sintonia está tão diferente da sintonia das outras pessoas.
Minha vibração está voltada apenas para mim mesma?

Por que as pessoas se magoam tanto?
Por que pensam tão pouco antes de agir?
E por que, pensando pouco, agem de forma negativa?
Por que meu mundo, todo colorido, ficou preto e branco de uma hora, para a outra?

O que aconteceu, aconteceu...
Como agir agora?
O que fazer de agora em diante?
Como poderei pintar novamente meu mundo?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Echinus partum differt.

Na tardança está o perigo.

Cheguei na livraria do shopping e fui logo me sentando em uma das mesinhas vazias.
Pedi meu capuccino costumeiro enquanto sentia o cheirinho dos croissants e pães-de-queijo quentinhos que saíam um atrás do outro.
Adorava o ar condicionado do shopping que trazia até mim, os cheiros de café e de livros, ao mesmo tempo.

Me sentindo vazia, abri minha agenda.
Era uma sensação gostosa ver folhas em branco e ter canetas à mão...
Dessa forma minha imaginação poderia apenar voar.

Eu fui escrevendo, sem pensar, apenas me deixando levar pelos sons que ouvia no ambiente em que estava, pelos pensamentos que ocupavam minha mente, pelos sentimentos que eu havia reprimido...
Apenas deixei a vida me levar.
Eu tinha tudo, aparentemente... Por que o nó na garganta? Por que o vazio?

Escrevi e rabisquei aquela folha até que consegui completá-la com tudo o que eu era naquele momento.
Se tudo o que somos é resultado do que pensamos (e sentimos), então aquela folha era eu.
Por fim, parei para ler o que tinha criado.

Percebi então que o tempo voava e que passava diante dos meus olhos sem que eu notasse.
Percebi que eu era sozinha e que, por mais que eu pudesse contar com um ou com outro, vez ou outra, as pessoas faziam escolhas e eu não fazia parte delas.
Eu talvez incluísse algumas pessoas na minha vida, mas percebi como isso era um erro e como eu teimava em cometê-lo constantemente.
Percebi como as pessoas mudavam de opinião e como eu era constante demais com o que eu sentia. Isso poderia ser integridade, mas poderia ser também comodidade, algo que eu detestava.
Percebi como as pessoas pouco viviam, e mais diziam viver.
Percebi como elas eram fúteis e más.
Percebi como pessoas conseguiam se magoar a troco de nada e como, sem motivo, sentiam prazer nisso.
Percebi como eu não me encaixava e como, com o passar do tempo, mais eu me machucava com as pessoas, quão mais amarga eu me tornava e como, menos feliz, eu era por ver que as coisas eram assim...
Percebi que gostaria de voltar no tempo e ser tão plena como eu era quando era pequena.
Percebi que eu poderia ser feliz por não ser como os outros, mas como era complicado ser a única nesse meio.
E percebi, por fim, como as pessoas eram, no fundo, sozinhas e como não tinham consciência disso...

Com aquela confusão de pensamentos, só pude engolir o nó que estava na minha garganta, terminar meu capuccino e olhar à minha volta.
Pessoas iam e vinham, sorriam, passeavam e conversavam...
Uma mãe com seus dois filhos loirinhos passou por mim sorrindo e me desejando um bom dia enquanto compravam salgados e refrigerantes.
Eu sorri de volta e elogiei suas crianças, que pareciam um casal de anjinhos.
Ela agradeceu, se afastando com os dois para as compras.

Guardei minhas coisas, e saí da livraria, com o nó na garganta um pouco mais frouxo, por eu ver durante o dia todo, pelo menos um sorriso sincero, dando forças à minha esperança para que as pessoas sejam mais leves e boas.




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ab inimicis possum mihi ipsi cavere, ab amicis vero non.

Guarde-me Deus dos amigos, que dos inimigos eu me guardarei.

 

Ouvi hoje uma frase que me deixou em êxtase.
Não lembro exatamente as palavras usadas, mas me lembro perfeitamente do sentido.
Era algo mais ou menos assim: "Quando tudo está em caos, quando nos esquecemos de quem realmente somos, geralmente temos alguém que nos lança um feixe de esperança nos fazendo voltar a ser quem éramos. Quando existe amor de verdade, sempre voltamos"...

Eu tentei muito lançar vários feixes de esperança, de luz, de respeito, recordações e carinho...
E não consegui.

Então, na verdade, não há amor?